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Durante todo o processo tive medo, dúvidas questionamentos e me perguntei por vezes se era realmente isso que eu queria para mim.
A obesidade é uma muleta e as vezes, sim, uma muleta conveniente.
Sempre culpei tudo de errado na minha vida pelo fato de ser gorda. Sempre usei esse fato como desculpa de muita coisa.
Como vai ser agora?? Como vai ser quando não for mais gorda?? A culpa vai ser minha?? E se depois da cirurgia eu não emagrecer?? E se eu morrer?? Como fica meu filho?? O que as pessoas vão pensar??
Essas eram só umas das perguntas que ainda martela minha cabeça.
Uma coisa é certa, vou descobrir vivendo, já fui longe demais para desistir agora...

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As coisas são confusas e estão confusas... Sinto fome que não é fome, sinto alegria que se transforma em tristeza, sinto medo que se transforma tem certeza... Vou explicar porque... A fome, como disse antes, é vontade de comer, que não passa tão facilmente. Não é fácil explicar para você mesma que não gosta das coisas que gostava antes. Abrindo um parênteses:  quando a cirurgia foi aprovada eu quis me despedir das comidas, confesso que foi a maior burrada que fiz. Hoje vejo as coisas e tento me convencer que não gosto ou não quero, mas é mentira. Apesar que eu finjo bem... Sinto alegria por ter dado um passo importante para o fim da obesidade que se transforma rapidamente em tristeza por não ver isso acontecer tão rápido... Abrindo outro parênteses: A expectativa que temos ao fazer essa cirugia é que vamos correr risco de vida, ficar completamente vulnerável, mas que depois de 10 dias estaremos num corpo novo, 20 quilos mais magra. Não é tão simples... Você continua gorda e tudo é